domingo, 31 de maio de 2009


Desalento

Teimosia é uma droga.
Quando identificada em nós mesmos então.....dá raiva!
Continuo lendo notícias sobre política.
As manchetes me irritam.
"Renan reconquista o poder."
"Collor é reabilitado"
"Reunião do PMDB no Rio termina em confusão"
"Volta ao palco principal" ( Roseane Sarney)
"Nunca pedi auxílio moradia; um equívoco,me informaram que estavam depositando na minha conta "( José Sarney)
Isso só hoje ...
Um desânimo, um total desalento.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Alguns dias sem essa máquina e a surpresa diante da quantidade de mensagens na minha caixa.....

Abro todas. Faço questão pois acredito que os amigos ao me enviarem estão em algum momento me reconhecendo .Ela foi selecionada e de maneira carinhosa trazem um recado.

- Isso é para você se emocionar, rir, relembrar.

Dá uma impressão de coisa particular, pessoal e intransferível.

E com essa sensação gostosa de ser lembrada ( quem não gosta), volto à

leitura dos meus e-mails...

terça-feira, 19 de maio de 2009


No sinal, esperando ....
Ao meu lado, uma senhora. Cabelos grisalhos, bem penteados, colar combinando com os brincos, com jeito de apressadinha pois toda hora dava um passo à frente.
Ao seu lado, um rapaz meio passado para a alcunha já que apresentava visível protuberância acima dos quadris( a famosa barriguinha).
Os três alí, enfileirados.
Eu, fumava. O rapaz, também.
Aqui um parêntese. Sempre achei vulgar mulher fumando na rua, mas diante das dificuldades que o fumante hoje encontra para exercer sua opção de prazer( ai, isso sempre é motivo de discussão), nada mais me resta . Fumo na rua.
A certa altura a senhorinha começou a fazer gestos de quem estaria tentando espantar uma mosca. e a mãozinha abanava. Olhei para minha fumaça e ví que ela graciosamente ia para o lado oposto mão ventarola. Era a fumaça do rapaz!
Não satisfeita com seu gesto teatral, a senhora emitiu um barulho: cof, cof....
E o sinal não abria, para minha aflição.
Cof, cof.. Olhei para o rapaz com o rabo do olho. Ví um sorrizinho sarcástico...
Abriu o sinal!!!!!!!! Lá foi ela, com passinhos rápidos...
O rapaz, então, com uma voz alta disse:
- Pô, vai morar na Amazônia!!!
Guardei a frase e já repassei para meus amigos fumantes.
Cof, cof.....

segunda-feira, 18 de maio de 2009

vasta ferida

Que eu sou fã de Chico Buarque de Holanda todos sabem...
Que me decepcionei com seus primeiros livros, também...
Mas, não resistindo , pois me é irresistível qualquer referência ao meu ídolo, eis que tenho em mãos seu último texto.
Já no segundo capítulo, lí uma frase que me fez parar.
"memória é uma vasta ferida".
Pronto. Foi o suficiente para começar a gostar da leitura.Aquela frase me acompanhou por muitos dias.
Que momento da minha vida, agora memória, se transformou em "vasta ferida "?
Comecei então a voltar no tempo.
Infância. Não, essa é uma memória rica de coisas boas, de privilégios, de risonhas descobertas.
Juventude. Ah, não! Nessa eu posso dizer que me esbaldei!!! Amigos, festas, namoros, modas, viagens. Uma verdadeira orgia de novidades.
Casamento. Bem, aí eu parei e me preocupei. Uma fase que marcou .
De um lado, a felicidade da maternidade, única, permanente. Do outro lado a certeza de que a escolha foi errada . A dificuldade de me ver infeliz.
O ir "jogando com a barriga". Até que tudo explodiu! Saí, fugí, corrí. Voltando à frase do Chico... Ficou uma "vasta ferida"? Hum...na verdade acho que ficou somente uma vasta cicatriz.
Solteira novamente.Nova mulher em todos os sentidos. Cheia de gás, trabalhando dobrado para conseguir pagar contas, ter tempo para a filha querida, namorados, "ficantes", amigos novos.Livre, leve e solta!!!!Nenhuma ferida, nenhuma cicatriz. Apenas os ensinamentos das experiências boas e ruins.
O grande encontro. O homem amado, e que amava.
Chego finalmente no momento atual e me vejo com vastas feridas.As perdas das pessoas que amei: irmão, homem e mãe.
É Chico, seu personagem tem razão.

domingo, 17 de maio de 2009

início

Consegui reunir o necessário ânimo para iniciar ...
Dedilho meio tonta o teclado...hum... é como se estivesse falando sozinha mas me submetendo a um invisível professor. Estarei escrevendo certo ?
Bem mais fácil me imaginar diante da banca de professores em uma prova oral.Só tínhamos que, após o fatídico sorteio do "ponto", responder sem que nossos erros de vírgula, parágrafos e outras agruras fossem detectados.
Como meu objetivo é escrever sobre alguma coisa, ou tudo, ou ainda perplexidades e besteira,lembrei-me de uma pequena parcela das minhas esquisitices. Digo pequena, pois conheço algumas bem piores, como o caso de um amigo que sempre convida a talvez futura namorada para tomar um café. Só café. Se a infeliz pede mais alguma coisa, já não serve; com certeza será uma gastadora,uma perdulária.
Meu caso não é tão grave.Sou de uma curiosidade percuciente, absurda para com palavras e seus significados.
Ouvi outro dia uma pessoa dizendo que o remédio que lhe fora receitado poderia ser tomado em forma de xarope ou " blister".
"Blister" ?
Lá fui eu procurar... apareceram mil sites de embalagens..mas o verdadeiro significado da palavra, nada.
Descobri que "blister" é bolha em inglês. Então, no caso do remédio, o blister é aquela cartela com bolhas plásticas.
Ao comentar o fato com atendente da farmácia da esquina ( tudo bem que não era farmacêutico), ele disse ser normal ninguém saber as "palavras que estão nas bulas".A culpa é do fabricante!
- Mas você que está vendendo tem que saber o que é.
Enfim,acho que não mais serei atendida na farmácia com a mesma
amabilidade de sempre...